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Como Implementar

Orientacoes para educacao financeira nas escolas

Flexibilidade e adaptação são palavras-chave para definir a proposta pedagógica deste material, elaborado a partir de contribuições de especialistas de diversas áreas, sempre considerando a postura participativa e cooperativa por parte do educador e do aluno que vão utilizá-lo. Mas, você pode estar se perguntando: por que e como devo levar a Educação Financeira para a sala de aula?

Em 2008, quando da construção do Programa Educação Financeira nas Escolas, adotou-se como referência a pesquisa realizada pelo Instituto Data Popular. Naquele ano os números acerca da organização financeira doméstica das famílias brasileiras eram considerados preocupantes: 36% dos pesquisados declararam ter um perfil gastador, 54% não conseguiram honrar suas dívidas pelo menos uma vez na vida e apenas 31% poupavam regularmente para a aposentadoria. Observou-se, ainda, que uma parte crescente da renda familiar destinava-se ao consumo, o que tornava as taxas de poupança demasiadamente baixas.

Outro dado da mesma pesquisa mostrou que, ao realizar uma compra de modo parcelado, verifica-se apenas se o valor das parcelas cabe no orçamento do mês, quando seria importante saber o quanto de juros ali se encontra embutido antes de tomarem a decisão da compra do bem desejado. Dados como esse indicam que o trabalho de Educação Financeira nas escolas precisa cumprir o papel de disseminar informações objetivas.

Desse modo, levar a Educação Financeira para o maior número possível de pessoas pode ajudá-las a resolver suas dificuldades, bem como permitir que planejem melhor suas vidas para que consigam ter mais condições de alcançarem metas e sonhos. Nesse sentido as escolas têm como contribuir de forma significativa ao educar os alunos financeiramente, pois eles, por sua vez, levariam esse conhecimento para suas famílias em um efeito multiplicador.

O conceito de educação financeira adotado pela ENEF identificou-a como um processo a ser desenvolvido por meio de três vertentes – Informação, Formação e Orientação. O documento “Orientações para Educação Financeira nas Escolas” destaca a Informação e Formação como base para o desenvolvimento do tema no contexto escolar. Por informação entende-se o provimento de fatos, dados e os conhecimentos específicos para tornar as pessoas atentas a oportunidades e escolhas financeiras, bem como às suas consequências.  A vertente formação refere-se ao desenvolvimento dos valores e das competências necessárias para entender termos e conceitos financeiros por meio de ações educativas que preparem as pessoas para empreender projetos individuais e sociais.

O material, bem como sua metodologia de utilização, foi desenvolvido utilizando-se referências do sistema financeiro e a cultura do brasileiro. A aplicação do programa e utilização do material em outros países deverá considerar, portanto as especificidades dos sistemas financeiros locais.

Conhecendo o material

Antes de iniciar seu projeto de trabalho com educação financeira, é importante conhecer cada um dos livros para ver como os temas são abordados. Neste site, é possível baixar os livros na íntegra ou por capítulos (temas) e fazer quantas cópias forem necessárias para que todos os alunos possam ter o material em mãos.

O livro 1, amarelo, trata das questões do âmbito individual, ou seja,  a vida familiar e cotidiana dos estudantes, como por exemplo: fazer compras no supermercado, planejar uma viagem ou uma festa, adquirir um bem pessoal como um tênis ou um computador.

O livro 2, verde, enfatiza o projeto de vida do estudante, isto é, suas perspectivas de trabalho, empreendedorismo e a capacidade de planejar grandes projetos como comprar uma casa própria. Questões ainda do âmbito individual, porém trabalhadas em situações de médio e longo prazos.

Por fim, o livro 3, azul, traz informações sobre a questão econômica do país e do mundo, conceituando bens públicos e abordando temas como mercado, previdência, funcionamento de organismos internacionais, como o FMI e a ONU. Neste bloco será explorado o âmbito social.

Livro do professor

Depois de uma leitura prévia, vale consultar as orientações contidas no Livro do Professor para iniciar um planejamento sobre quais conteúdos são mais apropriados para o contexto do grupo de alunos ou para associar aos conteúdos curriculares do período letivo em que está.  Esse planejamento pode ser mais efetivo se contar com a participação de outros professores, independentemente da área do conhecimento. A troca de ideias sobre como usar o material de maneira interdisciplinar vai sem dúvida enriquecer o trabalho. Convide outros educadores para colaborar!

O livro do professor traz detalhadamente uma tabela com as competências que serão desenvolvidas em cada situação didática proposta (a situação didática se relaciona diretamente ao contexto individual e social do aluno). Muitas vezes, uma mesma competência se relaciona a mais de uma situação didática. Cabe ao professor decidir pelo tema em si a ser tratado ou pelas competências que deseja desenvolver.

Iniciando e finalizando cada livro

Cada um dos três livros apresentados aqui traz uma situação didática introdutória para que o educador investigue os conhecimentos prévios dos alunos sobre o tema. Chamada “O que você já sabe”, a situação sugere uma reflexão coletiva com a turma de alunos sobre o tema que será estudado.

Cada livro traz 3 temas diferentes que, por sua vez, abrigam 7 situações didáticas distintas relacionadas àquele tema. Na home page deste site, é possível visualmente explorar a organização dos temas e situações didáticas que fazem parte dos materiais.

Por fim, nas últimas páginas do livro está a situação didática “Sonho Planejado”, que visa avaliar os conhecimentos adquiridos com o estudo dos temas para o planejamento de uma realização pessoal ou coletiva do aluno. Estimule os alunos a planejarem, a partir do que aprenderam, um objetivo de vida ou um desejo de consumo, considerando prazos e investimentos necessários.

Bom trabalho!

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FONTE
ALTO CONTRASTE